Ecossistema no telefone


Nos telefones, neste momento, a líder é a google.

Todos nos recordamos, certamente, dos nokia com ecrã de duas cores. Nessa altura, o telefone servia essencialmente para fazer chamadas e enviar mensagens. A bateria durava vários dias e tinha uma resistência ao choque notável. Mas desde que apareceu o primeiro telefone a cores que as coisas mudaram radicalmente. Hoje, apenas cerca de 20 a 30% do uso que damos ao telemóvel é voz, tudo resto são dados (mensagens, internet, multimédia, etc), mas a nokia levou tempo a adaptar-se e, mesmo com esta a liderar com grande margem, a android vingou, essencialmente por ter um sistema mais aberto que permitia mais aplicações e maior personalização. Também a apple, a blackberry e outras marcas ajudaram a empurrar a nokia para o fundo da tabela, que adotou há pouco mais de um ano, o sistema windows (que já apresentou bons resultados). O consumidor queria mais do que um telefone resistente e com boa bateria, e este é agora um dos problemas que as marcas enfrentam, pois os equipamentos não duram mais de dois dias, com uso regular. Esta falta de bateria justifica-se com o grande desenvolvimento nas várias áreas tecnológicas que permitem ter um dispositivo tão pequeno e com tantas capacidades, como os telemóveis de hoje. Podemos ver filmes em alta definição e executar jogos com alta qualidade de imagem, algo que muitos computadores não conseguem! No entanto, as baterias evoluiram a um ritmo mais baixo e, por isso, a solução passa agora por baterias maiores, que tornam o aparelho mais pesado e maior em espessura.

Falando especificamente dos telefones, a experiência de utilização é muito semelhante a um tablet, pois os sistemas são os mesmos. As aplicações são também as mesmas, podendo haver maior diferença na escrita, devido às diferentes funcionalidades de teclados entre os sistemas. Por exemplo a android reconhece o que dizemos e escreve automaticamente (uma funcionalidade ainda por aperfeiçoar), tal como passa à máquina a nossa escrita (interpretando mesmo algumas caligrafias mais complicadas). Por outro lado, a Siri (assistente por voz da apple) consegue alterar agendamentos do calendário pessoal, enviar mensagens, fazer pesquisas e muitas outras coisas. Só é pena, ao fim de mais de um ano após o lançamento, a apple ainda não ter disponibilizado esta aplicação para a língua portuguesa. A google tem algo equivalente, com apenas 6 meses, e que para já, suporta apenas a língua inglesa (ainda menos que a siri).

Também nos telefones, o da apple é mais fluido na utilização, com menor tempo de espera na transição de aplicações. A android está mais próxima deste feito, desde que introduziu, há cerca de meio ano, o "project butter", que em português significa projecto manteiga, o que dá logo a ideia de deslize e fluidez, como se pode ver neste vídeo.

O novo android traz também a opção de tirar fotografias panorâmicas facilmente, com a ajuda de um indicador que nos mostra para onde devemos apontar a câmera. O iphone 5 tem uma funcionalidade semelhante, mas "apenas" capta 240 graus (o android chega aos 360º).

Outra tecnologia que brevemente "assaltará" os telefones é a NFC, que permitirá fazer pagamentos de compras e outras coisas, bastando encostar o nosso aparelho a uma máquina própria, também com esta tecnologia. Está já em testes noutros países, mas por ser um tema sensível, por estar relacionado diretamente com dinheiro, ainda poucos telefones têm, esperando-se em breve que se colmatem as falhas para se poder avançar com esta tecnologia, que tem um enorme potencial. A apple é uma das marcas que ainda não adotou, ao contrário da samsung, que nos topos de gama, já incluiu esta funcionalidade. Em Portugal, o meo já apresentou ideias relacionadas com a NFC. Planeio, assim que esta inovação esteja mais aperfeiçoada, escrever um artigo sobre este tema, com as potencialidades e as desvantagens.

Uma diferença dos telefones em relação aos tablets é a rede 2G, 3G ou 4G, que estando constantemente ligada, ajuda ainda mais ao rápido consumo da bateria. Mais à frente haverá também um tópico dedicado a este tema, explicando as diferenças e as vantagens de cada rede. Deixo agora uma ideia: o 4G é o que proporciona velocidades mais elevadas, mas em contrapartida é o que consome mais bateria - exatamente o oposto do 2G ou GSM.


Até ao próximo post!

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