Antes de explicar, convém introduzir um pequeno
conceito: o pixel. De uma forma muito simples, o pixel é geralmente um quadrado muito pequeno, numa
localização fixa, que se pode apresentar de várias cores (uma de
cada vez). Significa que numa imagem ele pode ser todo azul e noutra, todo
vermelho (nunca será metade azul e metade vermelho). Estes quadrados todos
juntos formam aquilo que conhecemos como o ecrã e este tem mais ou menos
definição/qualidade de imagem, conforme haja mais ou menos pixéis. Obviamente que quanto mais pixéis
há num ecrã do mesmo tamanho, mais pequenos eles terão de ser. São estes pixéis
que se vão acender de várias cores e proporcionar-nos uma imagem. Um pixel já
consegue representar mais de 16 milhões de cores, sendo que o olho humano não
vai além das 10 milhões.
Para ajudar a entender, tente desenhar um circulo apenas com
quadrados, como na imagem de baixo.
Reparará que as curvas são imperfeitas (como se fossem degraus), no entanto, se fossem mais
quadrados e mais pequenos, a curva já seria mais perfeita. A distância a que
estamos da figura também altera a perceção da forma (perfeita ou imperfeita).
Maior número de pixéis torna a curva a preto mais perfeita. |
O mesmo se passa com os ecrãs. O ipad 2 tem 768 pixéis na
horizontal e 1024 na vertical. O ipad 3 tem exatamente o dobro: 1536 pixéis na
horizontal e 2048 na vertical. Isto faz com que as imagens sejam desenhadas de
uma forma muito mais perfeita. Não só isso. São tantos pontos num ecrã e tão
pequenos, que não conseguimos distingui-los a olho nu, o que nos dá a sensação
de que existem curvas perfeitas na imagem. A esta evolução, a apple deu o nome
de retina, exatamente porque não conseguimos distinguir os pixéis. O número mínimo
de pixéis por área que os torna indetetáveis ao olho humano não é consensual,
pois varia de pessoa para pessoa e com a diferença a que estamos do ecrã, mas se comparar um ipad com o outro, verá a
diferença. O ipad mini, que foi lançado depois do ipad 3 já incluir esta
tecnologia, foi alvo de críticas por não ter um ecrã retina, no entanto, tudo
aponta para que este ano a apple dê essa satisfação aos seus clientes.
Ainda assim, há algo que atrasa este progresso. As famosas
baterias. É verdade que a experiência de utilização melhora bastante com uma
melhor qualidade de imagem, mas esta tecnologia consome bastante mais bateria.
A solução no ipad 3 foi aumentar o tamanho da bateria para quase o dobro da do
seu predecessor, ipad 2, aumentando assim o peso, a espessura e o calor emitido
pelo equipamento. Entende-se agora que se esta solução for também adotada no
ipad mini, provavelmente ele não será assim tão mini.
Dado que a empresa da maçã registou o nome “retina” para os
seus ecrãs, não os vamos ver em mais nenhum lado senão nos seus produtos. Mas
isto refere-se apenas ao nome. A tecnologia em si, que não é mais do que
aumentar o número de pixéis, não tem como ser de uma marca só e já várias a
aplicaram aos seus produtos. Neste momento, a Google detém o record nos tablets
com o nexus 10. Este tablet de 10 polegadas tem uma resolução de 2560 pixeis
horizontais por 1600 verticais. Uma resolução bem acima do Full HD (falaremos
desta mais adiante, noutro tópico).
A Samsung, por exemplo, tem nos seus telefones de topo os ecrãs OLED (AMOLED e Super AMOLED). Estes conseguem reproduzir cores bastante vivas e, conjuntamente com um grande número de pixéis, apresentam uma imagem com tanta qualidade quanto os produtos da apple, ou até mesmo melhor, de acordo com algumas opiniões. No entanto, no que toca à imagem, o mais razoável será experimentar os dois e ver qual deles é mais agradável à vista, não esquecendo que ambos estão na vanguarda da tecnologia.
Uma tecnologia que veio para ficar e, a avaliar pelo ritmo a que tem crescido, parece mesmo querer ser um standard nos equipamentos móveis.
Até ao próximo post!
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